Palestra “A difícil tarefa de educar no século XXI”, com Ivan Capelatto

23/05/2016

Com o objetivo de fortalecer ainda mais a parceria escola-família, e depois de consultar pais de alunos sobre quais temas eles gostariam de ver no Ciclo de Palestras 2016, o Colégio Vital Brazil realizou, em 19 de maio, a palestra “A difícil tarefa de educar no século XXI”, com o professor Ivan Roberto Capelatto.

Psicoterapeuta de crianças, adolescentes e famílias, autor dos livros “Prepare as crianças para o mundo” e “Diálogos sobre afetividade – o nosso lugar de cuidar” e conferencista, Capelatto falou sobre as fases do desenvolvimento humano do ponto de vista fisiológico e psicológico, e a relação entre o amor, o afeto, a ansiedade, o medo de perder e a raiva, explicando como essas emoções acontecem do ponto de vista neurobiológico.

Ao falar sobre as fases do desenvolvimento humano, o palestrante destacou a adolescência, pelo fato de ser um período marcado por muitas mudanças, e explicou, do ponto de vista fisiológico e psicológico, como e por que algumas delas acontecem, como a alteração dos aspectos corporais, mudanças rápidas no humor, julgamentos ausentes ou falhos, predominância de sentimentos mais imaturos, necessidade de prazer e satisfação, maior impulsividade, irritabilidade e agressividade.

Em outro momento, Capelatto conversou com os pais sobre sociedade contemporânea e virtualidade, a fim de discutir os benefícios e prejuízos da relação dos indivíduos com jogos e redes sociais, bem como os problemas que podem surgir a partir do uso excessivo da internet. O professor também orientou as famílias sobre como ajudar as crianças a manterem o foco em aspectos da realidade, buscando um equilíbrio saudável entre as vivências reais e virtuais.

Por fim, o psicoterapeuta ressaltou que um dos desejos fundamentais do ser humano é o de ser desejado, de ser “cuidado”, e apresentou uma definição interessante sobre o que é um educador: “uma pessoa que pode acolher a angústia do aluno/filho e ouvir suas queixas acadêmicas e não acadêmicas, inaugurando um eixo em que ele se torna também protagonista do processo de aprendizagem do aluno ou da vida do filho, hoje impedido pelo excesso de angústia contida na afetividade e no social”.