Autonomia certificada
23/06/2019
A importância dos certificados de Cambridge para o programa de Inglês do Vital.
Aluna da 3ª série do Ensino Médio, Luiza Gibran entrou no Vital em 2014 com “um nível bem básico” de conhecimento do Inglês, mas logo se mostrou capaz de avançar no aprendizado. Sem nunca ter feito curso de idiomas – “tudo que aprendi de Inglês foi no Vital” –, Luiza foi acelerando sua educação, pulando estágios e passando nos exames de certificação de Cambridge. Em 2017, foram o FCE1 e o CAE2, e, em 2018, o CPE3 – o maior grau de proficiência atestado pela universidade inglesa. Ela e a colega Maria Eduarda Bonatti tornaram-se as primeiras alunas do Colégio a obtê-lo já na 2ª série do Médio. Hoje, no último ano de escola, são monitoras da atual turma do preparatório para o CPE.
Não é a única semelhança entre as duas, que planejam cursar Direito Internacional na Universidade de São Paulo (USP). Maria Eduarda, para “tentar melhorar a imagem do Brasil lá fora”, como diplomata; Luiza, para “ter algum impacto no mundo”, como advogada em defesa dos direitos humanos de refugiados. Para ambas, o Inglês será fundamental – e, com o CPE na mão, nenhum problema.
“Quando você chega a esse estágio, o Inglês deixa de ser uma língua estrangeira”, resume Maria Eduarda. “Tenho uma lista de duas ou três empresas em que gostaria de trabalhar e todas exigem Inglês, no mínimo, avançado. E, para nosso plano de carreira – provavelmente, na União Europeia –, elas vão exigir o certificado de Cambridge”.
Os planos de Luiza e Maria Eduarda podem ser bem específicos, mas, ainda que nem todos os sonhos profissionais demandem a proficiência do CPE, o objetivo do Vital para os demais alunos não fica tão longe. Segundo a coordenadora do Departamento de Inglês, Mônica Lemos, o projeto é que todos saiam do Colégio com pelo menos o FCE no currículo. “É uma chancela vitalícia do nível do aluno (a validade do certificado não expira) e da qualidade do curso”, diz Mônica. “O aluno com FCE já está autônomo, fala sobre vários assuntos sem travar, sem ficar pensando na palavra certa”.
O desejo de Mônica ainda não se realizou, porque ainda não são todos os alunos que se candidatam aos exames de Cambridge – embora todos que o fizeram, até hoje, tenham sido aprovados. Mas o fato é que os números de aprovações estão crescendo. Nos últimos cinco anos, foram: 18 alunos certificados em 2014; 32, em 2015; 41, em 2016; 48, em 2017; e 54, em 2018. E os alunos estão chegando aos níveis mais altos cada vez mais cedo, como aconteceu com Luiza e Maria Eduarda. Ou com Enzo Claudino, da 1ª série do Médio, que obteve o CAE ainda no 9º ano do Fundamental.
Enzo está decidido a prestar o CPE, mesmo sabendo que o diploma é mais do que o necessário para seus planos acadêmicos e profissionais (pretende cursar Economia, Engenharia e Direito e seguir carreira executiva) – “sigo o princípio de que, tudo que eu fizer, tenho de fazer muito bem e até o final”. Para ele, o certificado será “diferencial tanto para o mercado como para oportunidades de estudo no exterior”.
Aluno do Vital desde o início do Colégio (“minha matrícula é a 00002”), Enzo elogia a qualidade das aulas e o modelo do curso de Inglês, organizado, a partir do 6º ano, em estágios semestrais, com turmas definidas por nível de conhecimento. No entanto, Enzo fez aulas de Inglês à parte desde criança. O que Mônica Lemos prevê é que, com o tempo, alunos que entrarem na Educação Infantil tenham a chance de fazer todo o curso de Inglês do Colégio do início ao fim, e que o projeto prove ser suficiente para lhes garantir o domínio da língua, sem aulas externas.
A coordenadora vê nas certificações de proficiência parâmetros de qualidade valiosos para a escola. “Do 6º ano em diante, fazemos um paralelo entre os standards (padrões) de cada estágio do Inglês e os níveis listados no Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas, utilizado por Cambridge (v. quadro). O que se espera lá, cumprimos aqui”, diz Mônica.
Do Básico ao Basic
Mesmo antes do 6º ano, diz Mônica, o Inglês do Vital promove fortes alicerces. Com o Inglês oferecido do Pré I ao 5º ano, o aluno “já escreve cartas, lê livros de aventura, descreve lugares e experiências e se comunica com nativos numa viagem ao exterior, em situações controladas, sem sofrimento. Isso é o mínimo; se a família cultivar a língua estrangeira, ele pode ainda mais”, diz ela.
A professora Mírlei Valenzi explica o que seriam “situações controladas”: “O aluno pode ligar para a recepção do hotel e perguntar onde tomar um ônibus, por exemplo, mas pode não ter autonomia para lidar com um chuveiro quebrado ou outro imprevisto”. Segundo a professora, até o 5º ano o Vital prioriza a exposição do aluno ao Inglês – “noções básicas, muito vocabulário, para que ele se acostume com os usos da língua” –, para só então iniciar o aprendizado sistemático da gramática e estudo de temas mais profundos.
É quando uma avaliação diagnóstica no fim do 5º ano indica em qual estágio de Inglês, do Basic 1 ao Basic 4, o aluno começará sua preparação para os certificados. Ou seja: o Basic aqui não tem nada de “básico”, no sentido de começar do zero, é só o início de uma nova etapa do aprendizado. E é claro: dependendo do interesse do próprio aluno, é sempre possível pular estágios e avançar mais rapidamente no aprendizado, como fez Luiza Gibran.
“Leve o Inglês como algo cotidiano”, aconselha a aluna. “Não só nas aulas, mas assistindo a vídeos, séries. A escola dá a estrutura formal da língua, mas o que dá fluência mesmo é o que você vê, lê e ouve”.