Acertando todos os alvos

25/06/2019

Suely Nercessian Corradini, diretora do Vital, diz por que o vestibular não foi o único motivo de festa no Colégio.

Os 96% dos concluintes aprovados no vestibular são um sinal de que o Vital
está no caminho certo, não?
É um dos sinais, mas repito o que disse no ano passado: entendemos a escola como espaço de formação integral do indivíduo, ou seja, de desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo. Nesse sentido, a preparação para o vestibular é apenas um dos objetivos. Estamos alinhados com a proposta da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para a Educação no século XXI, baseada em quatro pilares: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. Isso abrange bagagem acadêmica, mas também respeito à diferença, diálogo, empatia e outras competências que vão sendo desenvolvidas ao longo da vida escolar.

Mas os vestibulares são objetivos concretos, com resultados quantificáveis.
Mas dá para ter objetivos de aprendizagem bem discriminados em cada ano da escolaridade. Só para ficar no campo da escrita: esperamos que, no Maternal, a criança reconheça o próprio nome e sua letra inicial; que, no Pré I, ela escreva o nome; que, no Pré II, já registre as primeiras palavras e textos por meio de hipóteses de escrita (como ela acha que se escreve); que, no 1º ano, ela se aproprie do código alfabético e consolide as habilidades de praxia fina; que, até finalizar o Fundamental I, produza textos de sua autoria. Há inúmeros resultados.

Como evidenciá-los para pais e familiares?
A própria Revista ViBRA mostra os resultados dos nossos projetos. Nesta edição, mostramos como se dá o trabalho de promoção da convivência ética entre os pequenos, o projeto de produção de textos do Fundamental II, os certificados de Inglês obtidos pelos alunos, nosso projeto de Artes… E não é difícil para os pais perceber os resultados na formação do filho: é observável quando uma criança com dificuldade para seguir regras, por exemplo, passa a respeitar a vida em sociedade.

Voltando ao vestibular: como o Vital consegue os níveis de aprovação?
Hoje em dia, os vestibulares têm formatos muito diferentes: a 2ª fase da FGV (Fundação Getúlio Vargas) tem prova oral; a de Medicina da [Faculdade Israelita de Ciências da Saúde] Albert Einstein tem até dinâmica de grupo. Não há uma série de conteúdos para se decorar como preparação; é preciso ter conhecimentos diversos, saber articulá-los e aplicá-los na solução de problemas. O sucesso dos nossos alunos mostra que não importa o formato de ingresso ao Ensino Superior, nosso ensino dá conta dessa competência mais ampla.